sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A loucura interrompida nas malhas da subjetividade

O autor vai abordar questões referentes ao processo de reforma psiquiátrica em curso no país no que diz respeito à transformação das estruturas asilares e das práticas de cuidados para com a loucura.

A partir de uma discussão de loucura e subjetividade numa perspectiva ético-estética-política vai levantar questões contextuais sobre mudanças de funções sociais, tais como as de hospitais ao longo dos anos, que num primeiro momento eram instituições de caridade e que aos poucos se tornaram uma “terceira ordem de repressão” onde todos aqueles que não eram aceitos socialmente dentro de um determinado padrão moral ou que causavam algum perigo eram internados, isolados. Buscava-se com este confinamento produzir um sujeito dócil politicamente com forças econômicas, afetivas e morais que se agregassem ao capital (Rosa, 1997).

Através do trabalho de Pinel a Psiquiatria nasce como reforma, seguindo os ideais de libertação e modernização da Revolução Francesa e acompanhando o surgimento da declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Desta forma, a psiquiatria pineliana vai trabalhar com a idéia de um tratamento moral calcado na crença do estabelecimento da cura mental. A experiência da loucura passa a ser encoberta pelo discurso psiquiátrico anátomo-patológico, ao invés de ser mais revelada, ou melhor, conhecida. Trata-se apenas de um significado: doença mental, não se levando em conta o sujeito e suas especificidades.

O dispositivo manicomial oferece referências identitárias que se apresentam como limitadas, homogêneas, patologizadas, produtoras da alienação.

Após o período das guerras mundiais os Estados modernos tomaram a responsabilidade de intervir nos problemas sociais e reconstruir o que havia sido devastado. Em alguns países a desinstitucionalização transfigurou-se em uma desospitalização intervindo no ideal psiquiátrico de uma superação gradativa do manicômio.

É nesta época também que vai ocorrer o refinamento na produção de psicofármacos (a partir da década de 1950), permitindo assim novas formas de tratamento sem a necessidade de enclausuramento manicomial. Pode-se acrescentar a isto a criação de ambulatórios e outras estratégias assistenciais que materializam a possibilidade de gerir a terapêutica sem necessariamente ocorrer nos manicômios.

Deste processo pode-se agrupar os serviços especializados em três tipos: o modelo médico (administração de psicofármacos), modelo de auxílio social (busca agir sobre as condições materiais das pessoas) e o de escuta terapêutica (psicoterapia).

Em se tratando do Brasil, temos fortes entraves para o processo de desinstitucionalização, onde se observa uma ênfase desproporcional no financiamento público das ações de hospitais psiquiátricos, enquanto os serviços de atenção diária, substitutivos ou outros dispositivos extra-hospitalares apenas dispõe de cerca de 10% desse montante, além da falta de recursos humanos e a não redução da ocupação de leitos em hospitais psiquiátricos.
O autor procede sua investigação sob um prisma em que a Reforma Psiquiátrica não se restringe à humanização das relações com os portadores de sofrimento mental ou modernização tecnocientífica dos serviços, mas diz respeito à construção de um novo lugar social para a loucura, novas formas de lidar com a diferença.

A contemporaneidade aciona um complexo agenciamento “capitalístico” que atua pelo empobrecimento do nosso repertório subjetivo (economia do desejo) na media em que expiamos a loucura para os doentes mentais. Pelbart argumenta que o louco, enquanto um personagem social produzido pelo saber médico e psicológico do séc. XVII, recebeu o encargo simbólico de corporificar a loucura (1990). Apesar das significativas transformações quanto ao trato com a loucura, o autor chama atenção para uma dimensão que paralelamente obstrui novos avanços, o que se trataria dos nossos “desejos de manicômio” (Machado e Lavrador, 2001).

Ainda nos dias de hoje a loucura tem sido potencializada como diferença, identificada como erro e descontrole sem se considerar o sofrimento concreto destas pessoas, imaginando-se desnecessário algum tipo de atenção.

Existem diversos desafios da gestão de uma rede de atenção em saúde mental (SM) para o cuidar em liberdade, entre eles investimentos insuficientes, aumento da demanda, diminuição ainda tímida dos gastos com internação psiquiátrica, poucos serviços substitutivos e um imaginário social calcado no preconceito/rejeição em relação à loucura.

Também são diversos os avanços da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Na discussão do campo, a trajetória recente desta reforma pode ser definida e conduzida pela noção de cidadania, no momento em que há o reclame da cidadania do louco, o movimento desdobrou-se em um amplo e diversificado escopo de práticas e saberes (Tenório, 2002: 30).

A autonomia também é um lugar de destaque neste movimento e freqüentemente é considerada o que de mais importante o processo de tratamento tem a produzir. É uma representação imediata da liberdade humana. É um valor que qualifica e caracteriza o humano e afirma o indivíduo como um princípio (Leal, 2001).

O autor vai dizer que se trata de uma luta pela emancipação, não meramente política, mas antes de tudo uma emancipação pessoal, social, cultural que permita, entre outras coisas, o não-enclausuramento de tantas formas de existência banidas do convívio social.

São levantadas também questões referentes às instituições de cuidados em saúde mental, que seriam um deslocamento do modelo assistencial do manicômio para o território. e vai dizer que tais serviços se constroem a partir da noção de que o cuidado nesta área requer uma ampliação “no sentido de ser também uma sustentação cotidiana da lida diária do paciente, inclusive nas suas relações sociais” (Tenório, 2002: 31-32). “Consistem em uma ampliação tanto da intensidade dos cuidados quanto de sua diversidade, ou seja, condições inexistentes nos ambulatórios e hospitais psiquiátricos” (Goldberg, 1994).

È importante que estes serviços “engajem tanto os níveis mais singulares da pessoa quanto os níveis mais coletivos” (Costa-Rosa, Luzio e Yasui, 2003).

As cidades são pensadas como imensas máquinas produtoras de subjetividade por meio de equipamentos materiais e imateriais.

Temos que considerar que as novas modalidades terapêuticas não garantem, por si mesmas, a superação do desejo que carregamos de exclusão e de exploração (desejo de manicômios).

Se faz necessário um trabalho de desmistificação da loucura e de preparação dos agentes cuidadores e da sociedade como um todo para que seja possível a promoção de autonomia, inclusão social e aceitação no convívio social das pessoas portadoras de sofrimento mental.

Desinstitucionalizar não tem fim, não tem modelo ideal, precisa ser inventado incessantemente. Trata-se de um exercício cotidiano de reflexão e crítica sobre os valores estabelecidos como naturais ou verdadeiros, que diminuem a vida e reproduzem a sociedade excludente na qual estamos inseridos. Trata-se de um outro modo de estar na vida e, como tal, de produzir práticas em saúde.

É preciso construir a nós mesmos como sujeitos éticos: ampliar o exercício da invenção, da inconformação, da transformação, da transformação, de ativação de coeficientes de resistências. É não só criar equipamentos, equipes e serviços, mas desenvolver outras práticas culturais, outras formas de sentir, de viver, de amar, onde a loucura deixe de ser exterior a nós e possa ser sentida como própria à vida.


O artigo trata de questões culturais, estruturais, formas de pensamento e visões enraizadas quanto à loucura e as formas de cuidado em saúde mental. É importante que o interessando em atuar nesta área conheça a história da loucura e os movimentos da reforma psiquiátrica. É importante que leve em consideração o sujeito portador do sofrimento mental, suas questões, aflições e dificuldade. È possível encontrar formas de interação e novas formas de inclusão, até que se consiga uma transformação na forma de se encarar a loucura. Talvez uma forma que não assuste tanto, que não a deixe tão exteriorizada.


Porque não construir uma teoria da subjetividade? (Suely Rolnik)
Um exemplo de cidades subjetivas são os CAPS.

(resumo de Adriana, Vitor,Joyce)

domingo, 7 de dezembro de 2008


AQUARELA ENVELHECIDA

Envelhecer é o único meio de viver muito tempo.
A idade madura é aquela na qual ainda se é jovem, porém com muito mais esforço.
O que mais me atormenta em relação às tolices de minha juventude, não é ter cometido e sim não poder voltar a comete-las.
Envelhecer é passar da paixão para a compaixão, muitas pessoas não chegam nos oitenta porque perdem muito tempo tentando ficar nos quarenta.
Aos vinte anos reina o desejo, aos trinta a razão, aos quarenta juízo.
O que não é belo aos vinte, forte aos trinta, rico aos quarenta, nem sábio aos cinqüenta, nunca será belo nem forte nem rico nem sábio.
Quando se passa do sessenta são poucas as coisas que nos parece absurdas.
Os jovens pensam que os velhos são bobos, os velhos sabem que os jovens o são.
A maturidade do homem é voltar a encontrar a serenidade como aquela que se usufruía quando se era menino.
Nada passa mais depressa que os anos
Quando era jovem dizia:
Veras quando tiver cinqüenta anos, tenho cinqüenta anos e não estou vendo nada.
Nos olhas dos jovens arde a chama, nos olhos dos velhos brilha a luz.
A iniciativa da juventude vale tanto quanto a experiência dos velhos.
Sempre há um menino em todos os homens
A cada idade lhe cai bem, uma conduta diferente.
Os jovens andam em grupos
Os adultos em pares
E os velhos andam sozinhos
Feliz é quem foi jovem em sua juventude, e feliz é quem foi sábio em sua velhice.
Todos desejamos chegar a velhice e todos negamos que tenhamos chegado.
Não entendo isso dos anos. Que, todavia é bom vive-lo, não tê-lo.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008




CERTIFICADO DA AMIZADE

Se eu pudesse agarrar um arco-íris
Eu o pegaria só para você
E compartilharia com você a sua beleza
Nos dias em que você se sentisse triste
Se eu pudesse construir uma montanha
Você poderia chamá-la de só sua
Um lugar para encontrar serenidade
Um lugar para estar sozinho
Se eu pudesse pegar seus problemas
Eu os jogaria no mar
Mas todas estas coisas em que eu estou pensando
São impossíveis para mim
Eu não posso construir uma montanha
Ou pegar um belo arco-íris
Mas deixe-me ser o que eu sei de melhor
Um amigo que está sempre por perto

Autor desconhecido

mesmo os que não puderam estar presente...
acreditem voces estavam em meus pensamentos

domingo, 30 de novembro de 2008

Filmes de Tema Psi

Estes dois sites foram recomendados pelo nosso colega Reynaldo.
Trazem filmes completos para download, com bons temas relacionados à psicologia, além de roteiros inteligentes.


http://cinemacultura.blogspot.com/

http://psicoo.blogspot.com/


Muito útil e gratuito.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Uma leitura de:

Patrimônio e ambiente da loucura: a formação do profissional de saúde mental e o diálogo com a vida da cidade (OLIVEIRA, Walter F. de; DORNELES, Patrícia).

Os autores apresentam temas discutidos no 1º Seminário Patrimônio e Ambiente da Loucura, realizado em 2001, no qual se abordou aspectos como o espaço de inclusão da loucura na vida da cidade e a formação e o papel dos profissionais na mudança de paradigmas em saúde mental.

A partir da redefinição do que é patrimônio - entendido aqui como o conjunto dos bens materiais e intangíveis e simbólicos de um povo (incluídas aqui sua subjetividade e identidade), inseparáveis de sua história - e do que pode ser compreendido por ambiente, definido como “espaço físico e existencial” onde ocorrem todas as relações entre seres, tanto biológicas quanto políticas, afetivas e comerciais, torna-se possível compreender a questão da loucura, ainda que imposta por meio da exclusão, como parte integrante da vida urbana. É discutido o patrimônio histórico da doença mental, cujo ambiente, desde o período pós-renascentista (Foucault, 1999), é estanque, dissociado do contexto das cidades, e caracterizado pelas instituições manicomiais.

É justamente contra esse estado de coisas que se colocam os autores que, com base na obra de Guattari (2001), propõem a interface entre as dimensões psicológica e estética na formação e atuação dos profissionais de saúde mental. Guattari considera que, na contemporaneidade, as relações sociais e interpessoais estão deteriorando-se, do mesmo modo que se deteriora a relação entre a humanidade e o meio-ambiente. Para reverter este quadro, propõe uma ecosofia, composta por três ecologias: a social, a mental e a ambiental. Desta forma, preconiza a reconfiguração das maneiras do ser-em-grupo, assim como das relações corpo-mente e com a subjetividade em geral. Ele afirma que só a rearticulação destes três registros fundamentais da ecologia poderá neutralizar a intolerância contra os diferentes, combatendo a exclusão. Fica evidente aqui a relevância e responsabilidade ética dos profissionais “psi” neste processo de reconstrução, assim como a de “todos aqueles que estão em posição de intervir nas instâncias psíquicas individuais e coletivas (através da educação, saúde, cultura, esporte, arte, mídia, moda, etc)” (Guattari, 2001, p.21).

Porém, como exigir dos profissionais da saúde mental este tipo de postura, se a sua prática ainda é feita segundo uma “dinâmica de monólogos” que impede o respeito pela diversidade e a valorização do diferente? Os autores apontam que, apesar de um discurso pedagógico progressista e reformador, o currículo oculto dos cursos de formação trabalha para a manutenção da discriminação, sem ouvir opiniões diversas àquelas já consolidadas. Os profissionais acabam por assumir um lugar de saber que impede a implantação de um sistema efetivamente terapêutico. Ainda que a reforma psiquiátrica busque substituir as instituições totais por outros serviços de saúde mental, mais humanizados e humanizantes, a lógica que prevalece na formação e prática dos profissionais ainda é a manicomial.

Os autores defendem que é necessário um trabalho estrutural de promoção do diálogo, de escuta do humano com todas as suas idiossincrasias, dentre as quais se encontra a loucura. Uma das possibilidades mais promissoras para a promoção de uma dinâmica dialógica é a derrubada das barreiras entre áreas de atuação, através daquilo que Morin (2003) chama de polidisciplinaridade. Segundo ele, “há inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas, e, por outro lado, realidades ou problemas cada vez mais polidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais, planetários” (p.13). Para Morin, a fragmentação do saber “atrofia as possibilidades de compreensão e de reflexão, eliminando assim as oportunidades de um julgamento corretivo ou de uma visão a longo prazo” (p.14). Seguindo esta lógica, como tratar uma problemática tão ampla e com tantas implicações como a doença mental como um campo isolado, exclusivo das áreas “psi”, sem empobrecer a relação terapêutica?

O artigo levanta questões cruciais àqueles que pretendem lidar com algo tão delicado e subjetivo como o sofrimento humano. Como atuar de forma sensível, a partir de um modelo que não mais reproduza as práticas consolidadas até aqui, exige de nós a capacidade de agir sobre a realidade, criativa e criticamente.


Referências

FOUCAULT, Michael. História da loucura. São Paulo: Perspectiva, 1999.

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 1981. Online. Disponível em:http://www.esnips.com/doc/21f66ea8-b167-4f98-aac7-639996220cfc/Paulo-Freire---A%C3%A7%C3%A3o-Cultural-para-Liberdade-(pdf) Acesso em : 27 out 2008.

GUATTARI, Félix. As três ecologias. Campinas: Papirus, 2001.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Fantástico Mundo de Bob

Olá!
Encontrei um link para o desenho sobre o qual a Profª Silvana falou ontem, relacionado ao estágio operatório concreto de Piaget: http://br.youtube.com/watch?v=jxdDRuCzCT0&feature=related (1ª parte - os links para as demais vocês encontram na própria página da 1ªparte).
É interessante prestar atenção principalmente no trecho que está em 5:50 min. e no início da segunda parte.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

PLANO DE ESTUDO DO PROF. ANDRE

Dagmar,

Tudo bem? Encaminho um roteiro de estudos para a primeira avaliação da disciplina Psicopatologia do Adulto.

Serão 10 questões objetivas, valendo 1,0 ponto cada uma.

Sugiro estudarem:

- anotações da primeira aula, em que estudamos as bases epistemológicas das Psicopatologias e suas diferenças (Psiquiatria e Psicanálise),e também o texto "O diagnóstico na psicanálise: da clínica dos fenômenos à clínica das estruturas" - Ondina Maria Rodrigues Machado.

- o processo de Constituição da Subjetividade (os três tempos do Édipo) conforme as anotações em aula e os textos do livro - Introdução ao "Estudo das Perversões: a teoria do Édipo em Freud e Lacan (até o Edipo III, incluindo também o capítulo sobre o conceito de Falo em Freud e Lacan)".

- as questões do diagnóstico diferencial na clínica da Psiquiatria e na clínica da Psicanálise (também anotações em aula e o texto da Ondina Maria Rodrigues Machado).


Ressalto que na avaliação não será solicitada a reprodução de conceitos, mas a aplicabilidade destes conceitos no raciocínio do aluno; portanto, não é "decoreba". Tentem absorver a compreensão dinâmica destes conceitos, pois articularão os mesmos em um exercício lógico de raciocínio.

Se estudarem, acredito que a avaliação será tranquila.

Bom estudo!

André Luiz

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A MOMENTOS

Há momentos na vida em que sentimos tantoa falta de alguém que o que mais queremosé tirar esta pessoa de nossos sonhose abraçá-la.Sonhe com aquilo que você quiser.Seja o que você quer ser,porque você possui apenas uma vidae nela só se tem uma chancede fazer aquilo que se quer.Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.Dificuldades para fazê-la forte.Tristeza para fazê-la humana.E esperança suficiente para fazê-la feliz.As pessoas mais felizesnão têm as melhores coisas.Elas sabem fazer o melhordas oportunidades que aparecemem seus caminhos.A felicidade aparece para aqueles que choram.Para aqueles que se machucam.Para aqueles que buscam e tentam sempre.E para aqueles que reconhecema importância das pessoas que passam por suas vidas.O futuro mais brilhanteé baseado num passado intensamente vivido.Você só terá sucesso na vidaquando perdoar os errose as decepções do passado.A vida é curta, mas as emoções que podemos deixarduram uma eternidade.A vida não é de se brincarporque um belo dia se morre.Por Clarice Lispector

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Tudo Sobre Gravidez

Conforme já é sabido, precisamos assistir um documentário sobre gravidez.
Tudo Sobre Gravidez, da Discovery Networks pode ser uma boa sugestão.
O documentário traz o desenvolvimento do feto e suas implicações na vida da mãe, abusando de computação gráfica e utilizando linguagem simplificada, embora dando ênfase na questão médica. Possui cenas de exames de ultrasom e até de dois partos (cenas reais).
Os aspectos psicológicos não são tratados diretamente, embora possam ser notados, ao se fazer a conexão com a teoria vista em aula.

Segue o Link para assitir pelo YouTube. Infelizmente a ordem numérica apontada no site não equivale à real do documentário. Portanto, ele deve ser assistido na sequência a seguir:


- Parte 1
http://br.youtube.com/watch?v=7plCIWOUmWA

- Parte 2
http://br.youtube.com/watch?v=-yWfa1VCNrE

- Parte 3
http://br.youtube.com/watch?v=mIvm8qESH9g

- Parte 4 (Embora no Youtube conste como parte 6)
http://br.youtube.com/watch?v=GHJk0H7jhlQ

- Parte 5 (Embora no Youtube conste como parte 4)
http://br.youtube.com/watch?v=FTZlPHjG_Eo

- Final (Embora no Youtube conste como parte 5)
http://br.youtube.com/watch?v=ihDq58SmF-0

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Manual para Elaboração de Documentos - CFP

Abaixo, link para o manual para elaboração de documentos produzidos pelo psicólogo, entre eles o modelo de relatório que vamos usar para os Estágios de Observação:
http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/legislacao/legislacaoDocumentos/resolucao2001_30.pdf

REDAÇÃO QUE O PROF. ALEXANDRE LEU NO DIA 03/09

REDAÇÃO VENCEDORA :
“Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela.Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho,e até já brinquei de ser bruxo.Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.Já passei trote por telefone.Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.Já roubei beijo.Já confundi sentimentos.Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda.Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.Já corri pra não deixar alguém chorando,e fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar,Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor,mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um “para sempre” pela metade.Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:Qual sua experiência?” .
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência… experiência…Será que ser “plantador de sorrisos” é uma boa experiência? Não!Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?”

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

LEITURA DO PROF. ALEXANDRE

Colaboração de Marco Salera

PARA MARIA DA GRAÇA.
Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas. Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti. Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade. A realidade, Maria, é louca. Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala a verdade, Dinah, já comeste um morcego?" Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira. A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada, e vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta. Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial e temos a presunção petulante de esperar dela grandes conseqüências. Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo. Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave. A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg yuor pardon!" Pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para a tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostaria de gatos se fosse eu?" Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde quiseres, ganhaste. Disse o ratinho: "Minha história é longa e triste!" Ouvirás isso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: "Minha vida daria um romance". Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois o romance é só o jeito de contar uma vida, foge, polida mas energicamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: "Minha vida daria um romance!" Sobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria. Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desesperes ao triste pensamento de Alice "Devo estar diminuindo de novo". Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.E escuta esta parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma de gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e de rinocerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nosso domínio disfarçado de camundongo. E como tomar o pequeno por grande e o grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom humor. Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamamos de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões. Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas". Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: é feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.(Paulo Mendes Campos, Para Maria da Graça, in Para gostar de ler; São Paulo, Ática, 1979.)

Artigo publicado no site psicologianocotidiano

Uma Análise Lúdica de Totem e Tabu
Tatiana Ferreira Peres
A psicanálise é um método investigativo que possibilita analisar toda a produção humana, neste sentido, muitos estudos vêm ocorrendo, fazendo uma interlocução entre ela e as diversas formas de manifestações culturais. Atualmente, podemos contar com trabalhos direcionados a pensar a psicanálise e os contos de fadas, filmes, música e etc. Desde os primórdios, as crianças são influenciadas pelas histórias, sejam elas, contadas oralmente de geração em geração, em livros e agora com os filmes. “As histórias infantis ajudam a criança a nomear, entender, aceitar e tolerar muitos elementos de sua vida corporal e mental primitiva. Esta é a base para a sua transformação e crescimento emocional.” A produção Disney é rica em detalhes que permeiam o imaginário infantil. Cada história é um convite a pensar nas implicações dos elementos da vida que se refletem no sujeito singular. A proposta deste trabalho é discutir os elementos presentes na constituição psíquica do sujeito a partir da análise do filme Irmão Urso. A escolha por este filme se deve ao fato deste apresentar a importância do totem na instauração interna da lei, portanto, da figura paterna e da constituição da estrutura a partir da castração. É claro que o uso do totem é privilégio das culturas primitivas, entretanto, podemos associá-lo ao primeiro estágio do desenvolvimento infantil, considerando inclusive, o uso que algumas crianças podem fazer a partir de alguns objetos. A partir de 1910, Freud começa seus estudos sobre as práticas religiosas e a neurose obsessiva, salientando que a construção social reside nos primórdios da religião, neste momento, surge um interesse maior em compreender a relação da cultura e os povos primitivos. Muitos autores se debruçaram sobre este assunto, entretanto, enquanto eles buscavam compreender a construção social pela antropologia, Freud, apostava no mundo psíquico, portanto, a psicanálise oferecendo subsídios para sua leitura.Em Totem e Tabu, de 1913, Freud faz um bonito relato de suas pesquisas sobre as tribos primitivas, relacionando com os estágios primários infantis, dando uma ênfase clínica sobre a constituição da neurose. Freud em seu texto, explica-nos o que é um totem:

Via de regra é um animal... e mais raramente um vegetal ou um fenômeno natural.., que mantém relação peculiar com todo o clã... o totem é o antepassado comum do clã;... é o seu espírito guardião e auxiliar, que lhe envia oráculos, e embora perigoso para os outros, reconhece e poupa os seus próprios filhos...os integrantes do clã estão na obrigação sagrada...de não matar nem destruir seu totem e evitar comer sua carne ou tirar proveito dele de outras maneiras. O totem pode ser herdado tanto pela linha feminina quanto pela masculina. É possível que originalmente o primeiro método de descendência predominasse em toda parte e só subseqüentemente fosse substituído pelo último. A relação de um australiano com seu totem é a base de todas as suas obrigações sociais: sobrepõe-se à sua filiação tribal e às suas relações consangüíneas.... Em quase todos os lugares em que encontramos totens, encontramos também uma lei contra as relações sexuais entre pessoas do mesmo totem e, conseqüentemente, contra o seu casamento. Trata-se então da ‘exogamia’, uma instituição relacionada com o totemismo.Algumas outras considerações tornarão mais claro o significado em desta proibição:(a) A violação da proibição não é deixada ao que se poderia chamar de punição ‘automática’ das partes culpadas, como no caso de outras proibições totêmicas, tal como a existente contra a morte do animal totem. É vingada da maneira mais enérgica por todo o clã, como se fosse uma questão de impedir um perigo que ameaça toda a comunidade ou como se tratasse de alguma culpa que a estivesse pressionando.Pode-se depreender dela, porém, que o papel desempenhado pelo totem como antepassado comum é tomado muito a sério. Todos os que descendem do mesmo totem são parentes consangüíneos. Formam uma família única e, dentro dela, mesmo o mais distante grau de parentesco é encarado como impedimento absoluto para as relações sexuais.
O filme se inicia com Quenarre contando aos meninos de sua tribo a história de seu irmão mais novo no momento antecedente ao ritual de recebimento de seu totem. Um ritual de passagem da vida infantil para a vida adulta. Observamos neste momento, a transmissão dos significantes “familiares”, capazes de incluir estas crianças em seu clã.Este momento é celebrado por toda tribo, que espera a Nana (a xamã) chegar da montanha com o totem indicado para o menino Quenai. Nana explica: “Na idade certa o Grande Espírito nos indica um totem como guia. Para se tornar um homem, suas ações deverão estar pautadas por seu totem e quando sua vida for seu totem, deixará sua marca junto aos ancestrais.” O totem de Quenai é o Urso, representante do amor. Após a decepção do garoto, Nana lhe explica que este é o mais precioso dos totens, pois ele reúne todas as coisas. Para Freud, é o amor que impõe um freio ao narcisismo, sendo então um fator de civilização. Em meio ás comemorações, um Urso rouba a cesta de peixes de Quenai e este vai desafiá-lo. Então, para protegê-lo, Sidca, seu irmão mais velho (figura paterna) e Quenarre se reúnem para encontrá-lo. Sidca e Quenarre encontram Quenai com o Urso, para salvá-lo, Sidca quebra o pico gelado da montanha, caindo junto com o urso numa corredeira. Sidca morre. Revoltado com a morte do irmão, Quenai propõe a Quenarre que juntos matem o urso, Quenarre vai contra, explicando-lhe que isto não fará dele um homem e que os espíritos se aborreceriam. Quenai vai sozinho e consegue matar o urso, neste momento, ele é transformado em urso pelo espírito de seu irmão morto. “A violação de um tabu transforma o próprio transgressor em tabu (Freud, 1913) Quenarre chega e imagina que o urso matou Quenai e inicia então uma perseguição, Quenarre parte rumo a vingar seus dois irmãos. Nesta primeira parte do filme, Quenai demonstra onipotência em suas ações, observamos então, o primeiro momento da constituição do sujeito, do narcisismo primário. O sistema totêmico é um organizador social e se tornou a raiz de nossos preceitos e de nossas leis. (Freud, 1913) Apesar dos totens estarem desaparecidos na atualidade, os tabus permanecem com a fórmula moderna do imperativo categórico de Kant.
As mais antigas e importantes proibições ligadas aos tabus são as duas leis básicas do totemismo: não matar o animal totêmico e evitar relações sexuais com os membros do clã totêmico do sexo oposto. (Freud, 1913)



Nana orienta Quenai a procurar o espírito de seu irmão Sidca, para que ele possa ajudar a consertar seus erros, para tanto, ele precisa seguir em busca da montanha onde as luzes encostam-se ao chão, a montanha dos espíritos. “Certos perigos provocados pela violação podem ser evitados por atos de expiação e purificação.” Freud (1913), ainda conclui que se a violação pode ser corrigida por reparação ou expiação, isto envolve a renúncia a algum bem ou a alguma liberdade, isso prova que a obediência à injunção do tabu significava em si mesmo a renúncia a algo desejável, portanto da ordem da culpa e da castração, o que permite a inserção na cultura e na lei, permitindo que haja a possibilidade da saída do narcisismo primário para o secundário. Quenai parte em busca do espírito de seu irmão Sidca quando é preso numa armadilha, numa atitude “eu dou conta de tudo sozinho” rejeita a ajuda do pequeno urso Coda. Após muita luta para conseguir escapar, Coda o ajuda, entretanto, ele não reconhece esta, acreditando que se soltou sozinho.Quenarre o encontra e não consegue reconhecê-lo como seu irmão, por isso tenta o matar, imaginando que ele era o urso que havia matado seus irmãos. Quenai fica ressentido e surpreso com a atitude do irmão. Neste momento, a dimensão da culpa começa a surgir, por medo de perder seu lugar entre os homens, o que permite que ele siga o pequeno Coda em direção as montanhas onde tocam as luzes. Coda explica que os espíritos são os responsáveis por todas as mudanças na terra.No trajeto, Quenai se mostra impaciente com o pequenino, num comportamento ambivalente de aceitar que ele precisa de ajuda. Coda o leva para a corrida do salmão, no qual todos os ursos se encontram para comer e contar suas histórias.A partir do relato de Coda à comunidade de ursos, Quenai descobre que o urso que ele havia matado era a mãe de Coda. Sente-se culpado e conta para Coda sua versão da história. Coda se afasta de Quenai e este percebendo o mal que havia causado a Coda, vai atrás dele. O que demonstra a saída de narcisismo primário, no qual o outro não existe, para o secundário, no qual há uma ligação, uma relação que precisa ser cuidada.Quenai sobe a montanha e pede ajuda a Sidca, que coloca Quenarre a sua frente, os dois lutam e Coda salva Quenai, neste momento, Quenarre corre atrás de Coda que é protegido por Quenai, então Sidca o transforma novamente em menino, seu mal havia sido expiado.Sidca tira o totem de Quenai que estava amarrado na lança de Quenarre e o entrega ao menino.Como menino, Quenai não compreende mais Coda, ele se sensibiliza dizendo ao irmão Sidca que o pequeno urso precisa dele. Então, Sidca dá-lhe a opção de continuar a ser urso ou menino.Quenarre complementa dizendo: “Não importa o que vai escolher, será sempre meu irmão caçula”.Quenarre termina a história contada para sua tribo, dizendo que o amor é poderoso e que esta é a história de um menino que se transformou em homem ao se tornar urso, neste momento, aparece Quenai colocando sua marca entre os ancestrais. Ou quando na verdade, pode fazer de seu totem sua vida.A dimensão da lei em que todos estão remetidos é o que permite a escolha do sujeito e de seu posicionamento no mundo e nas relações. Na continuação do filme, Irmão Urso 2, Quenai encontra um amor, isto só é possível pela instauração da metáfora paterna, mas isto é assunto para um outro trabalho.
Referências Bibliográficas
DISNEY, Walt. Irmão Urso. Videolar, 85 min, colorido, sem data.
FIGUEIREDO, Luis Cláudio. A metapsicologia do cuidado. Palestra ministrada na Maternidade Escola da UFRJ em 09 de março de 2007
Freud, Sigmund. Edição Eletrônica das Obras Completas. Rio de Janeiro, Imago, sem data.

FIGUEIREDO, Luis Cláudio. A metapsicologia do cuidado. Palestra ministrada na Maternidade Escola da UFRJ em 09 de março de 2007.

sábado, 30 de agosto de 2008

RESENHA

A RESENHA DO LIVRO SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL,

TRABALHO DO PROF. ALEXANDRE

DATA PARA ENTREGA 10/09/08

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

INSTRUÇÃO PARA O TRABALHO DA BERTA




DATA PARA ENTREGA DOS TRABALHOS SERÁ A MESMA DO DIA DE APRESENTAÇÃO.
NUMEROS DE MEMBROS : DE 4 A 5 PESSOAS
TRABALHO : PARTE ESCRITA: EXPOSIÇÃO TÉORICA A RESPEITO DOS CONTEUDOS QUE SERÃO APRESENTADOS ( DEVEM ESTAR DENTRE AQUELES PROPOSTOS NO PROGRAMA DA DISCIPLINA)

APRESENTAÇÃO : CRIATIVIDADE E CONTEUDO


DATA GRUPO AUTOR

18/09/08 MARCIA,JULIANA,RENATA E JEAN. /FREUD

09/10/08 BIANCA, VINICIUS, CAMILA. /M.KLEIN
09/10/08 ALINE,REINALDO,FABIANA,MARCOS . /M.KLEIN

30/10/08 ADRIANA,JOYCE,VITOR,THAIS . /LACAN
30/10/08 MARCELLA,CAROL,PAULA E MARCO . /LACAN

13/11/08 DAGMAR,ANGELICA,BRUNA,THAISA,FRANCISCA. . /WINNICOTT